sábado, 31 de agosto de 2013

PIB cresce 1,5% em relação ao primeiro trimestre e chega a R$ 1,2 trilhão


PIB cresce 1,5% em relação ao primeiro trimestre e chega a R$ 1,2 trilhão


Na comparação com o primeiro trimestre de 2013, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do segundo trimestre cresceu 1,5% na série com ajuste sazonal. O destaque foi para agropecuária (crescimento de 3,9% no volume do valor adicionado), seguida por indústria (2,0%) e serviços (0,8%). Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB cresceu 3,3%, com destaque para agropecuária (13,0%) seguida por indústria (2,8%) e serviços (2,4%).
No acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2013 (12 meses), o crescimento foi de 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No primeiro semestre o PIB apresentou uma expansão de 2,6% em relação a igual período de 2012. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,2 trilhão no segundo trimestre.
A publicação completa pode ser acessada na página
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm.
Em relação ao 1º tri de 2013, todas as atividades econômicas cresceram, com destaque para a agropecuária
O PIB a preços de mercado apresentou crescimento de 1,5% na comparação do segundo trimestre de 2013 contra o primeiro trimestre do ano, na série com ajuste sazonal. O destaque positivo foi a agropecuária, que teve crescimento de 3,9% no volume do valor adicionado. Na indústria houve aumento de 2,0%, enquanto que os serviços registraram expansão de 0,8%.
Todos os subsetores que formam a indústria apresentaram resultados positivos, com destaque para o desempenho da construção civil (3,8%). A indústria de transformação apresentou aumento do volume do valor adicionado de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, seguida pela extrativa mineral (1,0%) e por eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,8%).
Dentre os serviços, destaque para o crescimento do comércio (1,7%). As demais atividades também registraram aumento do volume do valor adicionado em relação ao trimestre anterior: intermediação financeira e seguros (1,1%), transporte, armazenagem e correio (1,0%), serviços de informação (0,9%), outros serviços (0,7%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,7%). Já a atividade administração, saúde e educação pública manteve-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior: variação positiva de 0,1%.
Pela ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo da administração pública apresentaram crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano (0,3% e 0,5%, respectivamente). Contudo, o destaque positivo na demanda interna ficou por conta da formação bruta de capital fixo (FBCF), com crescimento de 3,6%. No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,9%, enquanto que as importações aumentaram em menor ritmo: 0,6%.
Em relação ao mesmo trimestre de 2012, a FBCF é destaque
O PIB cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2013 em relação a igual período de 2012, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 3,2%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios cresceram 4,1%.
Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, o destaque foi a agropecuária, que neste trimestre cresceu 13,0% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no 2º trimestre e apresentaram crescimento nas estimativas de produção anual e da produtividade. É o caso, por exemplo, da soja (23,7%), do milho (12,2%), do feijão (8,4%) e do arroz (2,9%), segundo o LSPA de julho divulgado em agosto.
A indústria apresentou expansão de 2,8% contra uma queda de 1,4% registrada no trimestre anterior. A indústria extrativa declinou 3,9%, puxada pela queda na extração de minério de ferro. Já as demais atividades industriais apresentaram resultados positivos. A indústria de transformação apresentou crescimento de 4,6%. O seu resultado foi influenciado pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; máquinas e aparelhos elétricos; equipamentos médico-hospitalares; indústria automotiva; borracha e plástico; e refino de petróleo e álcool. A construção civil também apresentou aumento no volume do valor adicionado de 4,0%, enquanto eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana apresentou crescimento de 2,1%.
O valor adicionado de serviços cresceu 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem registraram variações positivas. Destaque para o crescimento de 3,5% do comércio (atacadista e varejista) e de 2,7% tanto dos serviços de informação como de transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) e também dos outros serviços. A atividade de serviços imobiliários e aluguel cresceu 2,1%, enquanto que intermediação financeira e seguros e administração, saúde e educação pública cresceram, ambas, 1,5%.
Dentre os componentes da demanda interna, destaque para o crescimento de 9,0% da formação bruta de capital fixo, justificada pela expansão da produção interna de bens de capital. Após registrar queda nos quatro trimestres de 2012, a formação bruta de capital fixo já apresenta o seu segundo resultado positivo consecutivo.
A despesa de consumo das famílias apresentou crescimento de 2,3%, sendo a 39ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação. Contribuíram para este resultado o crescimento da massa salarial real e o aumento do crédito nominal para as pessoas físicas. Já a despesa de consumo da administração pública cresceu 1,0%.
No setor externo, tanto as importações quanto as exportações de bens e serviços apresentaram expansão (7,9% e 6,3%, respectivamente). Na exportação, os destaques do crescimento foram: minerais não metálicos; metalurgia; produtos da indústria automotiva; e produtos agropecuários. Entre as importações, destaque para: farmacêuticos e perfumaria; produtos químicos; produtos da indústria automotiva; e extrativa mineral.
Em 12 meses, PIB cresce 1,9%
O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2013 cresceu 1,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, resultado da elevação de 1,7% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 2,6% nos impostos sobre produtos. Dentre as atividades econômicas, o crescimento foi de 7,4% para agropecuária, 1,9% para serviços e 0,1% para indústria.
PIB cresce 2,6% no primeiro semestre
O PIB a preços de mercado no primero semestre de 2013 apresentou crescimento de 2,6%, em relação a igual período de 2012. Nesta base de comparação, o volume do valor adicionado da agropecuária cresceu 14,7%, seguido pelos serviços (2,1%) e pela indústria (0,8%).
No trimestre, taxa de investimento alcança 18,6% do PIB
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2013 foi de 18,6% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (17,9%). A taxa de poupança ficou em 16,6% no segundo trimestre de 2013, ante 16,9% no mesmo trimestre de 2012.
No resultado do segundo trimestre de 2013, a necessidade de financiamento alcançou R$ 41,8 bilhões contra R$ 27,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. A renda nacional bruta atingiu R$ 1,2 trilhão contra R$ 1,1 trilhão em igual período do ano anterior. Nessa mesma comparação, a poupança bruta atingiu R$ 200,1 bilhões, contra R$ 186,5 bilhões em 2012.

Comunicação Social
30 de agosto de 2013

Atualidades Brasileira GÁS DE XISTO


o filme "Promised Land", lançado em dezembro de 2012 nos EUA, Matt Damon interpreta o papel do executivo de uma produtora de gás natural que tenta alugar direitos de exploração na zona rural do estado americano da Pensilvânia onde o fraturamento hidráulico, ou "fracking", tornou-se uma técnica bastante difundida para extrair gás natural de depósitos de xisto argiloso.

O personagem tem sua atuação questionada quando o rebanho de uma cidade começa a morrer após beber água contaminada. O filme segue a linha do documentário "Gasland", de 2011, que mostra um morador "incendiando" a água da torneira com um fósforo.

Não se trata de ficção, apenas. O tema chegou a Hollywood porque é preocupante e as atividades vem crescendo nos EUA e no mundo. A polêmica em torno desta fonte de energia gera milhões de ações na Justiça no Canadá e nos EUA - o maior produtor mundial - e sua exploração é proibida em países como França e Bulgária.

A produção do gás de xisto, ou gás não convencional, está prestes a ser explorada no Brasil, mesmo sem nenhuma discussão da sociedade sobre os perigos da atividade para o meio ambiente e os cidadãos das regiões envolvidas, como a contaminação da água, explosões geradas pela liberação do gás metano e terremotos. Nos EUA, acredita-se que um terremoto ocorrido em Oklahoma esteja relacionado à exploração do gás de xisto.

Este é o momento de aprofundarmos a análise a respeito. Em apenas três meses o Brasil realizará seu primeiro leilão para exploração de gás de xisto, marcado pela Agência Nacional do Petróleo -ANP, para 31 de outubro, quando serão oferecidos blocos nas bacias de Parecis (em Mato Grosso ); do Recôncavo (na Bahia); do Acre; do São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia); e na do Paraná (entre Paraná e Mato Grosso do Sul). Importantes bacias hidrográficas do país correm o risco de sofrerem conseqüências inimagináveis.

Enquanto empresas como Petra, OGX, HRT, Orteng, Cemig e Petrobras avaliam oportunidades na produção do gás não convencional no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente não está envolvido no assunto e não existe nada específico sendo estudado pelo Ibama, ou pela Agência Nacional de Água – ANA.

Para esclarecer aos leigos no assunto, e obviamente eles representam a maioria da sociedade brasileira, o xisto é uma camada de mineral situada a três ou quatro quilômetros abaixo da superfície do solo, onde se encontra gás aprisionado.

Para libertar este gás é necessário "fraturar" o xisto, o que é feito por meio de explosões com o uso de substâncias químicas e jatos de água a alta pressão ocasionando a subida do gás.

Os problemas ambientais originam-se do fato de que grande quantidade de água tem de ser usada, misturada com areia e um "coquetel" de substâncias químicas (cuja composição tem sido mantida em sigilo pelas empresas) para "fraturar" o xisto. Cerca de 50% a 70% da água injetada é recuperada e trazida de volta para a superfície, onde é colocada em lagoas que podem poluir o lençol freático.
Além disso, o gás liberado do xisto não é metano puro, vem acompanhado de nitrogênio (que não queima) e de várias impurezas, como sulfato de hidrogênio (que é tóxico e corrosivo), tolueno e outros solventes.

Nos EUA, a redução do preço do gás de xisto a níveis muito baixos tem incentivado a instalação de novas indústrias no país tendo ocorrido uma "explosão" da produção a partir de 2000 quando ele representava apenas 1% do gás natural produzido. Em 2010 passou para 20% e existem previsões de que em 2035 serão quase 50%. Num período de apenas dez anos foram abertos cerca de 20 mil poços de gás de xisto no país.

O sonho americano de independência energética passa por ai, mas ainda está longe de se transformar em realidade. Apesar do país estar importando menos petróleo, uma vez que o gás vem substituindo derivados do petróleo tanto na indústria quanto no transporte, eles ainda importam do Oriente Médio metade do petróleo que consomem (cerca de 10 milhões de barris por dia), a um custo de mais de US$ 300 bilhões por ano.

Não são poucos os que acreditam, como afirmei em meu último artigo Fim do complexo de vira-latas, que as guerras naquela região do mundo (principalmente no Iraque) têm a ver com a necessidade de garantir o fornecimento de petróleo por governos “menos” nacionalistas.


A exploração de gás de xisto no Brasil e no mundo é um assunto árido quando visto pelo lado do cidadão comum, e tóxico, literalmente, quando se trata do meio ambiente e dos interesses de corporações e governos, mas devemos ter a coragem de enfrentá-lo já.

Quando falamos que Deus é brasileiro ou que o país é abençoado por Deus, como diz a música, não estamos brincando. É a mais pura verdade quando nos comparamos em termos ambientais a várias regiões do mundo: não temos nevascas, nem terremotos, ou furacões. Pelo menos por enquanto.

Está provado, no entanto, que o homem em nome de um falso “progresso da civilização” vem destruindo irremediavelmente a natureza, causando efeitos conhecidos e talvez até muitos outros desconhecidos. A pergunta que devemos nos fazer é: que preço pagaremos por isso ? A hora de pesquisar sobre a questão é agora!

Porque entrar nesta aventura de exploração do gás de xisto se o Brasil tem grandes reservas de gás natural em várias regiões do país que não foram exploradas ? Em visita à bacia de Urucum, na Amazônia, por exemplo, vi de perto a grandeza de um belíssimo projeto da Petrobras que não está sendo ainda explorado na sua totalidade.
Fonte:http://www.brasil247.com/pt/247/economia/109298/